Ao longo dos anos, a rivalidade regional entre Cruzeiro e Vasco tem proporcionado momentos históricos para o futebol brasileiro. Recentemente, ambos os times se tornaram SAFs – Sociedades Anônimas de Futebol, o que levantou novos debates sobre qual time é superior no âmbito do modelo de gestão de SAFs.
Goleiros
O objetivo deste texto é comparar o investimento e o desempenho esportivo dos defensores das equipes. No caso do Vasco, o goleiro é Leo Jardim, que foi revelado pelo Grêmio e passou algumas temporadas na Europa (Portugal e França) antes de ser adquirido pela SAF Vascaína por 12 milhões de reais. Até o momento, ele registrou apenas um Clean Sheet em 14 jogos do Brasileirão.
Por outro lado, o goleiro do Cruzeiro é Rafael Cabral, que se destacou no Santos ao jogar ao lado de Neymar e outros jogadores talentosos. Ele passou toda a sua carreira na Europa (Itália e Inglaterra) antes de chegar ao Cruzeiro sem custos, com a missão de substituir o histórico goleiro Fábio. Em 14 rodadas do Campeonato Brasileiro de 2023, Rafael já acumulou 6 Clean Sheets, demonstrando um custo-benefício amplamente superior até o momento.
Defensores
Ao analisarmos as linhas defensivas, a disparidade entre as equipes se torna ainda maior. Os defensores do Vasco, compostos por Pumita (10 milhões de reais), Capasso (7,7 milhões de reais), Léo (17 milhões de reais) e Piton (16 milhões de reais), já cederam 23 gols em 14 partidas. Por outro lado, os defensores do Cruzeiro, como Willian (custo zero), Oliveira (5 milhões de reais), Castan (custo zero) e Marlon (custo zero), cederam apenas 11 gols no mesmo número de jogos. O Vasco investiu um total de 62 milhões de reais, considerando defensores e goleiro, enquanto o Cruzeiro investiu apenas 5 milhões de reais.
A máxima de que “para todo problema complexo, existe sempre uma solução simples, elegante e completamente errada” também se aplica ao futebol. Montar um time competitivo não se resume apenas a gastar mais dinheiro do que os outros. Para isso, é necessário levar em consideração uma infinidade de outros fatores, alguns dos quais estão além do alcance direto do clube. Nesse sentido, a SAF do Cruzeiro parece estar mais preparada para lidar com as incertezas do mundo do futebol.